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Do Jeito Errado

<terça-feira, 27 de abril de 2010 

Morte é uma palavra que tantos temem, tantos outros admiram e outros mais são curiosos que, não importa o sentimento, sempre chama atenção. Ela é dotada de inúmeros apelidos e eufemismos; "foi para um lugar melhor", "outro lado" e "bateu as botas" são alguns exemplos; mas o significado e o entendimento humano são sempre o mesmo: morreu. “Pra morrer basta estar vivo” e “morte é a única certeza da vida”, lugares comuns muito usados, que parece nunca se gastarem com o tempo, ao contrário, reafirmam isso na cabeça e te avisa que, mais cedo ou mais tarde, você é o próximo.

Falando o óbvio, a morte pode já estar em seus planos; um doente em estado terminal ou um suicida; pode acontecer inesperadamente ou pode ser uma morte idiota. A morte idiota é o acaso corriqueiro virando uma tragédia. É a maneira inadequada de como empacotar. Ela é frustrante, inquieta e sempre vai deixar o gosto amargo de “mas porque assim!?” na sua mente e você nunca irá aceitá-la. Uma pessoa na cozinha que tropeça, bate a cabeça na quina da pia e morre teve uma morte idiota. Um homem assusta o amigo, que sofre um ataque cardíaco com o susto e morre é outro exemplo. São estes tipos de casualidades do dia a dia que pode acontecer algo que não era para chegar tão longe, nesse caso, alguém, ou você mesmo, morrer.

Para chegar à conclusão da inutilidade desse ou daquele falecimento é preciso analisar a situação do ocorrido. Não consigo pensar que um paraquedista que morreu pulando com um para quedas que falhou teve uma morte idiota, afinal é um esporte radical, de alto risco e que a probabilidade de morrer é maior que outros esportes, xadrez por exemplo. Mortes idiotas podem sofrer variações entre uma pessoa e outra. Existem pessoas que tem uma vida que simplesmente não se encaixam com as mortes que tiveram. O caso do Coronel Ubiratan Guimarães, conhecido por comandar as tropas que invadiram a Penitenciária do Carandiru e matou cento e onze detentos em 1992, um cara conhecido e de respeito em sua área. Bem, Ubiratan morreu em 2006, assassinado com um tiro no peito, uma morte até que razoável, se não fosse a principal suspeita e o suposto motivo: sua namorada, por traí-la.

Agora vamos analisar o caso: O cara tem uma vida na carreira militar, atuou por mais de 30 anos como Coronel, comandou o massacre que abalou o país, entrou para a política e foi Deputado Estadual e o cara é morto... por ciúme da namorada!? Um cara com o poder e influencia que possuía não deveria morrer de maneira tão idiota! Se a morte fosse inevitável então que fosse morto por um bandido; motivo tinha de sobra; ou aneurisma ou infarto; ele tinha 63 anos; que seria aceitável, mas não, o cara é morto porque traiu a namorada, que descobriu e meteu bala nele!

Agora pensando o contrário, se fulano que já morreu tivesse uma morte possível, mas absurda para ela. Imagine se Ayrton Senna, tri-campeão de Formula 1 e o atleta mais conhecido do país de sua época tivesse morrido durante o jantar engasgado com um pedaço de carne? Seria algo totalmente sem sentido! Morrer pilotando um Formula 1 no meio de uma corrida certamente foi muito mais digno para o atleta que ele foi. Para os que estão vivos se a morte é dolorosa, indolor, rápida ou devagar tanto faz, pois se morrer morreu. Mas é impossível para os que ainda estão na “fila de espera” não fazer comparações ou pensar em outra versão da história para que a pessoa não tivesse morrido.

Existem vários casos de morte de famosos que aconteceram por situações tão bizarras e estúpidas que só acreditando mesmo, porque não tem outro jeito. Basta pesquisar na internet por Michael Hutchence, Heath Ledger, John Lennon, Michael Jackson, Daniela Perez, recentemente o jogador de futsal Robson Rocha e tantos outros mais, famosos e não famosos, que não são difíceis de encontrar. Enquanto isso, para nós, vivos, o jeito é esperar para ver como será a última cena onde o papel principal é seu. Para os que sofreram a morte idiota, saiba que ela ficará em nossas memórias e até breve!

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Vociferado por Marcus Toledo
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