Eu estava jogando os jogos da nova geração de vídeo-games... E comecei a refletir sobre o que mudou e o que não. Foi uma longa viagem por caminhos tortuosos e centenas de “continues” usados para presenciar finais que nem sempre valeram o esforço... Mas enfim...

Começamos com o saudoso Atari. Não sei porquê ele é saudoso. Só está no script, eu tenho q dizer isso. Eu sei, você está gritando agora “COMO ASSIM?!?! É O ATARI!!! O PRIMEIRO VIDEO-GAME!!!”. É, eu sei disso, eu estava lá, você sabe. Mas sejamos francos: Você jogaria ele AGORA? Você abriria mão do seu Wii, PS3, X-Box 360 (aqui, os 360 haters dizem “SIM!”) para jogar um Atari? Didn’t think so. Claro, ele foi revolucionário, afinal, depois dele... Nenhum outro vídeo-game (doravante VG) teve só um botão. Seus jogos foram precursores... de nada. Enduro NÃO é um precursor de Gran Turismo, assim como River Raid não é o precursor de Ace Combat. Em algum deles você fica seguindo em frente ad infinitum? Mas existem lendas urbanas. Algumas dizem que Enduro e River Raid têm fim. Outras, que Pac-Man era o visionário, pois já visualizava as baladas (lugar escuro e labiríntico? Confere. Música eletrônica e repetitiva? Confere. Comer “pílulas” para “comer” fantasmas? Confere). Outros, que Pitfall tinha final. Outros que a Atari tinha uma tecnologia superior a qualquer outra, e que só não era melhor porque os computadores da época não conseguiam processar os dados. As pessoas que dizem isso alegam ser Napoleão Bonaparte e afirmam que John Lennon, Michael Jackson, Elvis Presley, Haley Paige e a carreira do Steven Seagle estão vivos...

Depois, temos a geração 8-bits. Geralmente chamamos de Geração NES, por causa do filho ilustre. Alguns ainda lembram-se do Master System, mas a maioria esquece que eles NÃO foram os primeiros dessa geração, tinha o MSX. Anyways, AQUI SIM temos os precursores dos jogos atuais. Pense bem: Você só tem um personagem, inimigos e mestres repetitivos (com direito a muito pallete swap), fases enormes que você ACHA que tem liberdade de terminar do jeito que quiser... (ok, às vezes você podia escolher o personagem, como em “Tartarugas Ninjas”... Não que fizesse muita diferença...) Os RPGs nasceram aqui, BTW. Eram burocráticos demais. Não é a toa que consideram coisa de nerd...

Depois, foi a vez dos 16-bits. Aqui começou a "corrida dos botões". Aparentemente, ganhava que tinha mais botões. A corrida perdura até hoje, aliás (mais sobre o tópico nos respectivos momentos). Tínhamos o Mega Drive e o Super Nintendo. Eles não passavam de um “NES mais bonito”. Eram as mesmas coisas. Mas nem tudo é repetição (quer dizer, TINHA pallete swap, mas não é disso que eu tô falando). Além dos botões, tínhamos a opção de escolher personagens! E eram diferentes! Exceto no Super Contra. Tínhamos códigos! (Até tinha nos outros... Mas não como agora, onde TODOS os jogos tinham códigos). Tínhamos baterias internas! ... Você sabe, como aquelas que tinham nos... sei lá, nos relógios? Essas baterias eram o memory card da época. Mas, essencialmente, poucos jogos te passavam a sensação de serem um pouco mais do que “jogos do NES mais bonitos e com mais botões”. Os RPGs evoluíram... Mais finais, mais personagens, melhores histórias... A mesma burocracia.

Alheio a isso, havia o Neo-Geo, filhos abastado da SNK. Ele era 16-bits, mas fez muito 32-bits suar. E como. Mas tinha poucos botões, deve ser por isso que as produtoras não faziam jogos para ele, mas e daí? A SNK tava no auge do seu potencial... Mentira, ele foi suprema mesmo na época dos 32-bits... Que, aliás, ficam para um próximo capítulo...

To be continued...

Vociferado por Shimura-Aniki
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